Sobre a política brasileira, e a pior presidência da história

Caio Oleskovicz
3 min readDec 11, 2021

Vamos falar um pouco sobre patacoadas políticas? Se preparem para mais uma novela brasileira que não é escrita por Marina Ruy Barbosa. Digo… Benedito, né? Sei lá. Segue o jogo.

“O curioso caso do superfaturamento de vacinas”, heading que dá um belo filme, é outro crime cometido pelos atuais mandantes. Aqui vai um resumo rápido do assunto.

Foi feito um contrato curioso de compra de vacinas indianas contra a COVID-19. Essa é a manchete. Segue a história:

Essas vacinas, que não foram sequer autorizadas pela Anvisa, possuem preço superior e eficácia muito mais duvidosa do que anteriormente oferecidas ao Brasil (e rejeitadas, ignoradas e mal-faladas pelo nosso chumaceiro de bosta, atual presidente). Um adendo interessante é que Bolsonaro DECLAROU que “não iria atrás de nenhuma empresa para a compra de vacinas; elas que viessem até nós” (e a Pãfaizer veio, com 53+ emails, inclusive; nenhum respondido. E não, isso não é uma hipérbole).

Entretanto, um velho conhecido dos paranaenses e que inclusive já foi ministro da saúde de uma administração bastante lamentável — Ricardo Barros — incluiu uma emenda que permitia a compra das tais vacinas indianas. Ressalto que a eficácia dessa vacina é MENOR que as outras oferecidas e desdenhadas, e seu preço é MAIOR. Para ter uma noção, o EMBAIXADOR DO BRASIL NA ÍNDIA alertou o governo dessa situação. Bom.

É bastante curiosa a escolha da marca, mas tudo fica claro quando entendemos que o negócio é “intermediado” (o famoso assessor do assessor) por uma empresa chamada “Precisa”. Eis que Ricardo Barros, nosso querido cenourito, é RÉU em ação de IMPROBIDADE junto à sócia da tal empresa. Que coincidência, não? Outra coincidência bacana é que Flávio Bonorinho participou da reunião no BNDES como “acompanhante do dono da empresa Precisa”, sem nenhuma justificativa (e nem nenhum motivo especulatório, né nom?).

O contrato da compra da vacina foi assinado, mas um servidor público (que precisa ser protegido dessa milícia) verificou haver um PAGAMENTO ADIANTADO, dentro da invoice, a uma pessoa jurídica que NÃO INTEGRAVA O CONTRATO, o que ocasionaria FRAUDE. A velha e boa CORRUPÇÃO mesmo, sabe? Tô aqui faturando pela pastelaria do Juca, mas quem recebe é o Pedrinho. Bora.

Ao ser informado dessa fraude, Bolsonaro disse algo como “ih meu, issaê é coisa do Ricardo Barros. Se mexer vai dar ruim”, conforme declaração do irmão do servidor público que encontrou o problema, irmão este que é deputado federal. Claro que o presidanto disse algo como “vô informar a polícia federal, xá comigo, toca po pai”. Obviamente, também, não fez porra nenhuma.

Agora saca só onde entra a parte mais surreal: o desvio de DUZENTOS MILHÕES DE REAIS não aconteceu porque o servidor segurou a barra e NÃO PERMITIU a transferência do valor para Cingapura (um paraíso e tanto, diriam os fiscais). Ele foi pressionado de diversas maneiras, e o PRESIDENTE DA REPÚBLICA inclusive instaurou processo administrativo e investigação contra esse funcionário. Quer mais pressão institucional que essa, bicho? O que VOCÊ faria nessa situação?

Que conclusão dá para tirar disso? Eu não sei como expressar, não sou competente o suficiente para exprimir em palavras o quão óbvia é a situação toda. Ricardo Barros alegou que é responsabilidade de uma servidora pública, QUE ELE MESMO NOMEOU — depois disse que não indicou, só assinou. Então o cara é um assinador de papéis totalmente inocente, claro. A história é tão trágica que beira o limite da razão humana, como diversas outras que passamos nesses anos com O PIOR GOVERNO DA HISTÓRIA.

Agora, quotando um jornalista melhor e mais experiente do que esse mero escritor: “511.142 [pessoas] morreram por ausência de vacina, porque o Governo recusou sistematicamente a compra com eficácia comprovada pelo valor de R$15,85 para adquirir vacina não aceita nem mesmo na Índia por R$75,25, com um único objetivo: enriquecer 200 milhões de reais”.

Quem ganha com tudo isso? Você, defensor do Bolsonaro? Você, que diz que ele é “menos pior o Lula”? O que você ganha?

(fontes: vcs buscam)

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Caio Oleskovicz

Nefelibata ocasional // Creative Content Writer & SEO Copywriter // Otimista sempre nas horas erradas. Pessimista nas horas erradas também.